A nota do jornalista Augusto Nunes (JB – 11/11) – reproduzida abaixo – deixa claro que a Copa de 2014 transformou o cartola-mor do nosso futebol, Ricardo Teixeira (Presidente da CBF) em um dos mais influentes lobistas da política brasileira.

Tendo como cabeças os governadores Sérgio Cabral, José Serra, Aécio Neves, Jacques Wagner e Cid Gomes, o “dono” da CBF há 18 anos conseguiu impedir a CPI dos Cartolas para investigar o desvio de dinheiro, evasão de divisas e outras armações no mundo do futebol.

A moeda de troca está na escolha das sedes dos grupos que vão disputar a Copa de 2014. A FIFA sugeriu 10 cidades-sedes, mas Ricardo Teixeira insiste em 12. O mesmo número de governadores que estiveram como seus convidados em Zurique.

Os locais da partidas do Brasil nas eliminatórias para a Copa de 2010 também fazem parte do jogo de “toma lá, dá cá”. A CBF cada vez distribui mais convites para as tribunas para agradar aos nobres parlamentares.

É triste que governadores aceitem fazer parte desse jogo e empurrem para debaixo do tapete toda a sujeira do futebol brasileiro. O torcedor merecia saber o que existe nessa “caixa-preta”.

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