A situação do Estado do Rio complicou-se ainda mais com a decisão do ministro Luiz Fux de adiar para a próxima semana a votação do pedido do Governo do Estado para descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal. O alerta foi disparado quando os técnicos do Tesouro concluíram que a solução acordada entre o governador Pezão e a equipe econômica do presidente Michel Temer é impossível de ser cumprida. Mesmo se ficar três anos sem pagar a dívida à União e aos bancos, e se for autorizado a contrair novos empréstimos, nem assim o Estado equilibra suas contas.

Os bancos oficiais, Banco do Brasil e Caixa Econômica, alertados pela Secretaria do Tesouro Nacional, pediram em documentos enviados ao Supremo Tribunal Federal que não fosse concedida a liminar ao Rio devido a sua total incapacidade de honrar qualquer tipo de empréstimo. Na sequência a Procuradoria Geral da República e a Advocacia Geral da União emitiram pareceres contrários à pretensão de Pezão de obter uma liminar para antecipar os efeitos de um pacote fiscal que mal se sabe se vai ser aprovado na ALERJ, na Câmara e no Senado.

Ao abrir forçosamente os números para a União a fim de receber ajuda, Pezão mostrou aos técnicos do Tesouro Nacional a lambança que Sérgio Cabral e ele próprio promoveram nas finanças públicas e o total descompromisso com as contas públicas. Técnicos do Tesouro não admitem que o Estado conceda incentivos fiscais mais do que arrecada de impostos, aliás, como afirmei no domingo em postagem aqui no blog. Também se surpreendem com os valores gastos com terceirizações e organizações sociais em número superior a qualquer outro estado da federação. Outra coisa que chamou a atenção de analistas do Tesouro foram os aumentos concedidos em pleno período eleitoral, que além de comprometerem o equilíbrio das contas, constituem crime eleitoral flagrante com intuito de eleger Pezão como governador do Estado. Outro elemento que deixou chocados os especialistas em contas públicas foi a venda de títulos do Rio Previdência no mercado internacional, sendo criado para isso uma empresa com sede no estado americano de Delaware, conhecido como paraíso fiscal das Américas.

É tudo muito estranho, o “custo corrupção” do Rio é gigantesco, afirma um técnico. A falência e a desorganização do Rio ultrapassam todos os limites que possa imaginar qualquer pessoa de bom senso. Além disso, argumentam os técnicos do Tesouro, como conceder privilégio de não pagar dívidas e ainda ter mais dinheiro novo a um governo que está metido em sucessivos escândalos de corrupção liderados pelo ex-governador que está em Bangu e pelo atual que está no Guanabara, mas que durante todo este tempo foi seu vice.

Conversas reservadas entre os técnicos resumidamente dizem o seguinte: “Se abrirmos essa exceção para o Rio não pagar a dívida depois de todo o dinheiro que foi dado nos últimos anos, e ainda dermos a garantia de sermos avalistas para novas ‘aventuras’ estaremos dizendo a todos os governadores do país para tomarem emprestado, serem irresponsáveis e roubarem bastante que a União garante”.

Esse é o quadro real, é o caos.

Seria pedir muito despreendimento de quem até agora só colocou interesses pessoais à frente dos interesses públicos, mas se o presidente da Assembléia Legislativa, Jorge Picciani tiver um mínimo de responsabilidade não votaria qualquer medida enquanto não houver uma posição clara por parte da União. E no caso do governador está claro que ele não reúne condições morais mínimas para negociar nada. O melhor seria pedir pra sair antes que seja cassado.

Comentários

08/02/2017

09:01

FRANKLIN LAUTERT - RIO

GAROTINHO, SÓ TU MESMO PODES SALVAR O RIO, COM TUAS PROPOSTAS CORRETAS E FACTÍVEIS. GAROTINHO GOVERNADOR!!

08/02/2017

10:05

MORAL DA HISTÓRIA: A MIDIA COVARDE E CORRUPTA CONTINUA CÚMPLICE. - RJ

NÃO SERIA A HORA DESSE POVO "BOI CASTRADO" AQUI DO RIO IR PARA AS RUAS PARA IMPEDIR QUE PELO MENOS NOSSO ESTADO NÃO VIRE UM ESPÍRITO SANTO EM PLENO INFERNO?... POIS, SE NÃO POR ÍMPETO, PELO MENOS POR MEDO. AFINAL AINDA TEMOS, OU NÃO PERDEMOS O NOSSO INSTINTO DE SOBREVIVÊNCIA...

08/02/2017

11:08

Francisco Neves - São Gonçalo

A solução é INTERVENÇÃO FEDERAL JÁ! Prendem o Pezão e fechem a ALERJ pois, é tão responsável quanto o Executivo por toda a roubalheira. Faca na caveira!