No início desta semana recebi pesquisas eleitorais e de avaliação de governo feitas no Estado do Rio de Janeiro. A situação do governador Pezão é quase impossível de piorar, 97% reprovam o seu governo, e quando a pergunta feita é “O senhor considera o governo estadual ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo?”, ele tem a incrível marca de 89% de ruim e péssimo. O restante é regular. Quando defrontados com a pergunta sobre qual o motivo da crise no estado, 83% dizem ser a corrupção. Não há dúvida que a situação do PMDB no estado é dificílima.
O prefeito Marcelo Crivella, com menos de dois meses de governo, ainda é uma expectativa, 53% dos entrevistados consideram seu governo regular e apenas 18% ruim / péssimo, ou seja, estão aguardando o cumprimento das promessas para uma opinião definitiva. A saúde é disparado o maior problema na opinião da população, embora o desemprego tenha crescido bastante, e a corrupção tenha alcançado pela primeira vez o terceiro lugar na lista de prioridades. Quando são comparados Crivella e Eduardo Paes, o atual prefeito leva ampla vantagem sobre o que saiu, o que complica ainda mais a situação do PMDB fluminense.
Lula repete no Rio a liderança nacional mostrada na pesquisa CNT / MDA, embora não chegue a 30%. Nos dois números apresentados, ele obtém 27% e 25%, com seus melhores desempenhos na Baixada Fluminense onde chega a alcançar 40%. É natural que o desempenho de Bolsonaro no Rio tenha sido melhor que a média nacional. Ele alcançou nos dois cenários 17% e 19%. O fiasco ficou por conta dos tucanos. Aécio Neves, que chegou embolado com Dilma no 2º turno da eleição de 2014 no Rio, em nenhum cenário chega a 10%, perdendo inclusive para Marina Silva (Rede), que não alcança 15% no global do estado, mas na cidade do Rio de Janeiro seu desempenho foi muito bom.
O quadro para a disputa estadual mostra que a dificuldade do PMDB será enorme. Embora não tenha me colocado como candidato a nada meu nome aparece em um cenário com 32% e em outro com 35%. O melhor nome do PMDB, Eduardo Paes tem 18% ou 20%, dependendo do cenário. Marcelo Freixo, recém-saído de uma eleição está colado em Eduardo Paes com 17% e 18%, e o senador Romário não alcança 10% em nenhuma simulação. Outros nomes testados são um verdadeiro fiasco. O atual presidente da ALERJ, Jorge Picciani, obtém 2% e 1%. Bernardinho (PSDB), testado como figura nova, obteve 8% e 10%. O ex-deputado federal Índio da Costa, embora com resultado razoável na capital, desaparece quando a pesquisa vai para a Baixada Fluminense e o interior, seus percentuais no estado variam 4% e 6%. Outra decepção, do ponto de vista do momento atual, foi o teste com o nome do deputado Pedro Paulo, que concorreu à Prefeitura do Rio, ele não consegue ficar em primeiro nem na capital. No geral do estado ele fica com 2% e 3%.
Embora algumas pessoas coloquem meu nome para a disputa ao Senado, não decidi nada sobre candidatura a cargo algum. No momento estou refletindo sobre saídas para o Estado do Rio de Janeiro, como tenho escrito aqui no blog. Também estou refletindo sobre a situação nacional que considero gravíssima, à beira de ruma ruptura social, tamanho o descolamento dos políticos e da elite dirigente do país da realidade vivida pela maioria da população.
Minha rejeição, que no estado sempre girou em torno de 35% a 40%, sendo mais forte na capital, desceu para casa dos 20%. Pelo jeito Cabral roubou tanto que roubou até a minha rejeição.
É bom lembrar que estamos a mais de um ano e meio da eleição e se as pesquisas erram na boca de urna, como aconteceu na última eleição para o Governo do Estado, imaginem a mais de um ano da eleição.