Pelo jeito que as coisas andam os procuradores do MPF no Rio já devem estar realizando um processo de seleção entre os inúmeros candidatos a delação premiada. Primeiro foi a prisão de Sérgio Cabral que acendeu a luz de alerta entre os empresários que participaram de negociatas com o governo estadual. Até aquela data nenhum empresário imaginou que corresse risco, afinal a impunidade reinava no Rio de Janeiro. Depois veio a prisão de Eike Batista, um mega empresário, que todos consideravam inalcançável. Aí os primeiros empresários começaram a procurar, por iniciativa própria, o MP para evitar problemas mais adiante. E finalmente veio a Operação O Quinto do Ouro, que levou presos cinco conselheiros do TCE e Jorge Picciani, o todo-poderoso presidente da ALERJ, foi levado coercitivamente para depor. Aí bateu o desespero. Por isso a fila de candidatos à delação não para de crescer. Aliás, pela quantidade de informações que o MPF e a PF vêm recebendo já estão garantidas várias etapas em desdobramento à Operação Calicute, que prendeu Cabral.