Temer reafirmou que não vai demitir nenhum ministro investigado na Lava Jato. Só se virar réu no STF. Em caso do MPF apresentar denúncia será afastado temporariamente até a Corte decidir se aceita ou não. Mas é um "código de ética" que lembra aquele criado por Sérgio Cabral. Um "código" de ocasião. Sim, porque o ministro do Turismo, Marx Beltrão (PMDB-AL) é réu no STF, por falsidade ideológica, e Temer nem cogita demiti-lo. Mas diz que algum dos nove ministros pode se sentir incomodado e pedir para sair. Ora, isso só mesmo se houver pressão das ruas, que no momento estão silenciosas, aliás, amanhã vou falar sobre esse tema.
O presidente da República também jura de pés juntos que não pretende formar uma "tríplice aliança" com Lula e FHC para fazer um "acordão" para preservar PMDB, PT e PSDB nas eleições de 2018.
Da mesma forma garante que a reunião que teve com executivos da Odebrecht, onde segundo delações teria pedido R$ 40 milhões para o PMDB, foi apenas porque eles queriam lhe dar um "aperto de mão", afinal na época era presidente do PMDB, nem vice-presidente da República ainda era. Essa é ótima! E pelo jeito o "aperto de mão" de Temer, em 2010, valia muito.
A verdade é se tem uma coisa que não é seguida pelo atual governo é a ética. Quanto às versões de Temer, que acredite quem quiser.