Esta semana a Segunda Turma do STF mandou soltar o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula, e o ex-assessor parlamentar do PP João Cláudio Genu, ambos condenados por Sérgio Moro na Lava Jato. E o ministro Gilmar Mendes concedeu habeas corpus a Eike Batista, depois que no início do mês deu o mesmo benefício ao ex-braço-direito do empresário, Flávio Godinho. O ministro Gilmar Mendes já havia se manifestado sobre as longas prisões preventivas dizendo que o STF tinha “encontro marcado com as longas prisões que vêm de Curitiba”. Ele não é o único ministro do Supremo a considerar que estaria havendo exagero, em alguns casos, nas prisões decretadas por Sérgio Moro. No caso de Bumlai e Genu, por exemplo, eles foram condenados em primeira instância, teriam à luz da lei o direito de recorrer em liberdade. Essas últimas decisões acenderam a luz de alerta na força-tarefa da Lava Jato. Mas não dá para saber se o que houve esta semana foram casos pontuais, ou se o STF vai ditar novo rumo à Lava Jato.