Em fevereiro de 2015, o então deputado Eduardo Cunha se elegia presidente da Câmara dos Deputados. Achou que tinha a República a seus pés, que era inatingível. Mas veio a Lava Jato e começou a afundar. Em julho de 2016, investigado por quebra de decoro, não resistiu e renunciou à presidência da Câmara. Em setembro do ano passado foi cassado, e um mês depois preso por ordem do juiz Sérgio Moro, que acabaria condenando-o a 15 anos e quatro meses de prisão, em fevereiro deste ano. Cunha aina é réu em mais dois processos da Lava Jato, além de responder mais cinco inquéritos. Ou seja, a situação ainda vai piorar.
Hoje Cunha lava as marmitas do Complexo Médico-Penal de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, onde está preso, porque para cada três dias de trabalho a pena é reduzida em um dia. Quem diria, o todo-poderoso Eduardo Cunha, frequentador dos hotéis e restaurantes mais luxuosos do mundo, adepto de vinhos caríssimos e pratos sofisticados, lavando marmitas no presídio.