Hoje a ex-prefeita Rosinha Garotinho, o ex-vice-prefeito Dr. Chicão, o candidato a vice-prefeito Mauro Silva, a secretária de Desenvolvimento Social e Bem Estar da Família, Ana Alice Alvarenga e a responsável pelo programa de complementação de renda Cheque Cidadão, Gisele Koch foram tornados inelegíveis por oito anos pela Justiça Eleitoral de Campos. É mais um capítulo da aliança político-judicial-midiática formada em Campos para eleger o prefeito Rafael Diniz, acabar com os programas sociais, redirecionar o dinheiro público para as classes mais ricas da cidade e eliminar seus adversários políticos.
Não tenho dúvida que, como as demais decisões tomadas pela Justiça Eleitoral de Campos, essa também será anulada pelo Tribunal Superior Eleitoral.
A perseguição política é tão clara, evidente, que os ministros do TSE já têm opinião formada a respeito do procedimento adotado em Campos pelas autoridades que conduziram a eleição na cidade na cidade e agora esse processo eleitoral.
Neste momento, a Câmara de Campos vive um dos momentos mais vergonhosos da sua história. Vereadores, que custam aos cofres públicos R$ 35 milhões por ano, entre salários, verbas de gabinete, assessores e outras mordomias estão votando dois projetos para prejudicar milhares de pessoas. Os dois projetos somados gastam por ano aproximadamente R$ 40 milhões. Com uma diferença, na Câmara o benefício é para 25 vereadores, o Cheque Cidadão, mesmo reduzido pelo atual prefeito, beneficia quase 12 mil famílias mensalmente, e a Passagem Social mais de 100 mil usuários de ônibus diariamente.
É nessas horas que se deve refletir: onde o dinheiro seria melhor aplicado? Para 25 ou para dezenas de milhares? Sem contar que muitos vereadores estão ali defendendo seus parentes, que foram empregados em cargos de confiança pelo prefeito Rafael Diniz.
Embora a Câmara esteja lotada por uma multidão revoltada, chamando os vereadores que apoiam o atual prefeito de “traidores”, “vendidos”, “covardes”, no final a força do cabresto e do interesse pessoal acabará prevalecendo e os prejudicados serão os de sempre, os mais pobres, os trabalhadores, o povo dos bairros, do interior e da periferia.
O falso discurso que a cidade está falida contrasta com os milhões contratados e pagos sem licitação. A conversa fiada que a prefeitura não tem dinheiro é negada no dia-a-dia pela contratação de cabos eleitorais e amigos do prefeito. Agora prestem atenção, leiam o que alguém experimentado na política, e que acertou a maioria de suas previsões sobre os desfechos dos governos no âmbito estadual e federal nos últimos anos tem a dizer no dia de hoje e depois confiram.
Eles estão divididos entre si. Como os interesses são maiores do que os recursos disponíveis já há uma guerra entre a aliança que se formou da mídia com o Judiciário e como o grupo político anti-popular de Campos. E esta confusão trará como consequência até o fim deste mês a cassação do prefeito Rafael Diniz. Quem viver verá.