Eu sei que em vários países existe o financiamento público das campanhas eleitorais, uma forma de não depender das doações privadas que, muitas vezes, resultam em grandes negociatas. Mas uma coisa é o financiamento público em países com excelente padrão de atendimento à população e outra bem diferente a situação do Brasil. A opinião pública não vai engolir R$ 3 bilhões de dinheiro público para as campanhas eleitorais, além dos cerca de R$ 800 milhões do Fundo Partidário, além da renúncia fiscal para emissoras de rádio e televisão que transmitem a propaganda eleitoral, que em 2014 foi de quase R$ 800 milhões. Isso se os parlamentares não aumentarem o valor do financiamento público das campanhas. Tem um bloco na Câmara que defende R$ 6 bilhões, o dobro do projeto do deputado Vicente Cândido (PT-SP).