A Operação Calabar, que prendeu hoje quase 100 policiais militares, além de traficantes e negociantes de armas vem sendo acompanhada pelo nosso blog há algum tempo. Na sexta-feira passada antecipamos que a bomba explodiria esta semana. E hoje quero chamar a atenção para um fato que tem passado até agora despercebido na cobertura que a imprensa vem dando.
Quase a totalidade dos policiais presos hoje integra ou integrou o mesmo batalhão dos assassinos da juíza Patrícia Acioli, que investigava dentro dessa unidade (7º batalhão) e unidades próximas, a atividade de grupos de extermínio comandados por policiais. A juíza, como se sabe, foi assassinada após o pedido de reforço da sua segurança ter sido negado pelo então presidente do Tribunal de Justiça do Rio, desembargador Luiz Zveiter.
A Operação Calabar tem ainda muitos mistérios a revelar, mas o principal deles talvez seja uma pergunta deixada no ar pelo advogado da família da juíza assassinada, no julgamento dos matadores no Tribunal do Juri. O brilhante advogado Técio Lins e Silva, que atuou como assistente da acusação (defendendo a família da juíza), disse ao ser proferia a sentença condenatória contra os policiais assassinos: "Falta alguém importante sentado neste banco dos réus!". A quem ele se referia?
Com as prisões de hoje e o aprofundamento das investigações será muito fácil chegar ao nome da figura ilustre apontada pelo advogado.
Assistam a reportagem exclusiva que foi ao ar no SBT.
Mais detalhes amanhã no programa Fala Garotinho, na Rádio Tupi.