Em março alertei a população de Campos sobre o risco da postura adotada pelo prefeito Rafael Diniz de não pagar as parcelas da cessão de crédito firmada entre a prefeitura de Campos e a Caixa Econômica Federal. Avisei que tudo havia sido feito de forma legal, mas, o prefeito preferiu gastar R$80 milhões sem licitação e manter o seu discurso de campanha.
Alertei que esse erro de não pagar compromissos assumidos com instituições financeiras poderia levar o funcionalismo de Campos a viver dias semelhantes ao sofrimento dos funcionários do estado. A irresponsabilidade de Rafael é idêntica a de Pezão, com um agravante, o prefeito de Campos recebeu a prefeitura com os salários em dia e uma situação financeira equilibrada, muito melhor do que a que Cabral entregou a Pezão.
Agora com a decisão do Superior Tribunal de Justiça que a prefeitura terá que pagar as parcelas que desde janeiro o prefeito resolveu por conta própria gastar em obras e serviços não licitados, além de uma sensível piora nos serviços prestados, os funcionários correm sério risco de ficarem sem salário.
O que ocorre em Campos é a mesma fórmula do estado. Incompetência + corrupção = falência administrativa e moral.
A aliança político-midiática–judicial que resolveu colocar um prefeito inexperiente, elitista, à frente do município vai ter seríssimos problemas. Na campanha foi fácil enganar o povo, mas agora diante do buraco fiscal que ficará pela irresponsabilidade de ter que pagar juros daquilo que já devia ter sido pago vai ser um “salve-se quem puder”.
Quem vai acreditar que um município que contrata R$ 5 milhões em geradores pra show está sem dinheiro?
Quem vai acreditar que um prefeito que nomeia mais de 100 parentes de vereadores com salários médio de R$ 5 mil está vivendo dificuldades?
Neste grupo, os poucos que têm alguma ideologia na cabeça, são liberais e defendem posições políticas bastante atrasadas, inclusive, em relação aos mais pobres, como visto recentemente com os programas sociais.
A mentira chegou ao fim. Uma parte do grupo, o setor midiático-judicial afirmava que foram distribuídos milhares de cheques cidadão para vencer a eleição a qualquer custo. O outro setor deste grupo, o político, dizia que Rosinha estava vendendo o futuro para o próximo prefeito que viesse.
Uma coisa não combina com a outra. É como se estivéssemos preparando uma desgraça para ser administrada por nós mesmos. Isso é história que não convence ao cidadão mais simples. É como se quiséssemos vencer a eleição para administrar os problemas que nós mesmos criamos.
Isso não é lógico. Não faz o menor sentido. Somente na cabeça de pessoas inexperientes que vão trazer à cidade um grande sofrimento.
Nós avisamos! Enganaram ao povo, não a nós. Com essa gente não podia ser diferente.