O juiz Ralph Manhães, responsável pela Operação Chequinho, tomou uma decisão fora dos autos e reduziu pela metade o prazo de defesa do ex-governador Anthony Garotinho, segundo denuncia a coluna do jornalista Lauro Jardim; em resposta em seu blog, Garotinho acusou o juiz de "afrontar lei, as normas, mudar prazos e desrespeitar instâncias superiores da justiça, tudo ao arrepio da lei"
Mesmo sendo adversário declarado da Globo, o ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, recebeu uma nota favorável, na coluna do jornalista Lauro Jardim, que denunciou uma suposta manobra judicial, feita fora dos autos, para encurtar os prazos da defesa.
Confira, abaixo, a nota da coluna de Lauro Jardim:
O juiz Ralph Manhães, que Anthony Garotinho diz persegui-lo, deu uma decisão fora dos autos do processo para encurtar o prazo de alegações finais do ex-governador.
Enquanto os autos estavam com a defesa, o juiz reduziu de dez para cinco dias o prazo.
Apesar do recorrente histrionismo de Garotinho, decidir fora dos autos não é comum.
Em decorrência do caso, Garotinho reagiu em seu blog e acusou o juiz de persegui-lo e de agir fora da lei.
Os advogados do ex-governador também protestam contra o fato de o promotor responsável pelo caso, Leandro Manhães, insinuar que Garotinho estaria agindo em conluio com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, para dificultar os trabalhos do MP. Segundo o advogado Raphael Faria, “o promotor cometeu grave crime ao imputar a um ministro da mais alta Corte do País a prática de atos que não ocorreram”.
Leia, abaixo, o texto postado por Garotinho em seu blog:
Pense em uma dezena de arbitrariedades e ilegalidades.
Pensou?
Agora multiplique por 200 vezes.
Isso é a OPERAÇÃO CHEQUINHO.
Depoimentos obtidos sob tortura, cerceamento de defesa, desrespeito ao princípio do contraditório.
Ilegalidades em série.
Testemunhas de acusação que receberam emprego ou cargo comissionado na prefeitura para mentir.
Depoimentos de testemunhas acusatórias gravados e amplamente divulgados; no dia do meu depoimento o sistema de gravação deu defeito.
Pura coincidência...
Não acredito que somente um promotor irresponsável, que acusa ministro do supremo TRIBUNAL Federal de manipular o sistema de distribuição de processos, ou um delegado manifestamente incapaz de agir com isenção e justiça ou ainda um juiz, que se porta como FARAÓ e afronta lei , as normas, muda prazos, desrespeita instâncias superiores da justiça, tudo ao arrepio da lei, estejam agindo por conta própria.
DEVE HAVER ALGO MAIOR.
Talvez Ruy Barbosa nos tempos de hoje repetiria uma de suas frases preferidas : "quem não luta por seus direitos não é digno deles."
Vamos denunciar a farsa da Operação Chequinho feita para dar aparência de legalidade à vitória de Rafael Diniz. E agora quando seu governo desmorona diante dos olhos e corações de um povo revoltado, enganado, é preciso, mesmo que suprimindo prazos ou passando por cima da lei, condenar o GAROTINHO.
É necessário calar a voz de quem defende o povo.
Voltando às reflexões de Ruy Barbosa, vendo o que se passa em Campos, talvez repetisse: "embora acabe eu, a minha fé não acabará; porque é a fé na verdade, que nos livra dos interesses sujos; essa é a fé invencível."
Ralfh Manhães
Leandro Manhães
Glaucenir Oliveira
Paulo Cassiano e outros que integram o sistema politico-midiático-jurídico sabem porque e por quem estão fazem isso.
Outro dia, em entrevista à Folha de São Paulo, o presidente do TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL, ministro GILMAR MENDES citou uma memorável frase do patrono do direito brasileiro para definir o que se passa no Brasil hoje.
"O BOM LADRÃO SALVOU-SE MAS NÃO HÁ SALVAÇÃO PARA O JUIZ COVARDE."
Amigos, força e coragem para cima do medo.
ANTHONY GAROTINHO.
Reprodução do site Brasil 247