Reprodução do Globo
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O presidente Michel Temer ontem estava eufórico, após o ministro Edson Fachin ter negado o pedido de Rodrigo Janot para incluí-lo no inquérito do "quadrilhão". Escapou de mais uma, e como disse em postagem anterior, sabe que ganhou uma sobrevida desde a rejeição pela Câmara da denúncia por corrupção passiva, terá uns dias de calmaria. Só isso explica que o presidente de fala empolada, que já lançou livro de poemas, das mesóclises, tipo "consertá-lo-ei". Diz que está “muito animado, com a alma incendiada”. Talvez tenha lido Machado de Assis que dizia: "Mas que hão de fazer as damas / Com a alma incendiada / Das mesmas secretas flamas / E ao mesmo abismo inclinadas?"

Se bem que Temer deveria ler o conto de Machado de Assis "Teoria do Medalhão", uma crítica à falta de ética, onde um pai ensina o filho a sempre se dispor a agradar os amigos, buscar a publicidade de seus atos, tirar proveito das situações em benefício próprio, mais ou menos como o nosso presidente faz.

Pois enquanto ele vive o seu momento de euforia, os brasileiros se veem num abismo cada vez mais profundo, desanimados, com o bolso vazio e com a cabeça em chamas de tantos problemas para os quais o governo Temer muito contribui.

Comentários

12/08/2017

03:48

Marcio Silva - Nilópolis

Uerj é a 1ª a adotar sistema de cotas para negros da Folha de S.Paulo, no Rio A Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) foi a primeira universidade pública de grande porte no Brasil a utilizar no seu vestibular um critério de cotas raciais e que leva em conta a origem do estudante no processo de seleção. A lei que obrigou a universidade a estabelecer cotas foi aprovada em 2001. A lei inicialmente proposta pelo ex-governador Anthony Garotinho (PSB) previa a reserva de 50% das vagas para estudantes de escolas públicas. Depois, a Assembléia Legislativa criou uma reserva para negros e pardos de 40%. Para não comprometer 90% das vagas, decidiu-se incluir as cotas raciais na parcela destinada aos alunos de colégios públicos. Com isso, metade dos alunos do vestibular entrará na universidade por um dos dois critérios de cotas, enquanto os demais entrarão apenas com base no desempenho acadêmico nas provas. O critério usado para definir quem se encaixava na cota racial foi a autodeclaração. Para evitar que brancos se declarem negros ou pardos para entrar pelas cotas, a universidade previu a possibilidade de processar alunos por falsidade ideológica. Mas a instituição não registrou aumento significativo no número de candidatos que se declararam negros ou pardos em relação a anos anteriores.