Rodrigo Maia trabalha com a possibilidade de Temer em alguma hora ser afastado da Presidência, mas também com a hipótese dele sobreviver aos trancos e barrancos, completamente desmoralizado e enfraquecido. No segundo caso Rodrigo Maia não herdaria a Presidência da República e tentaria o Senado do Rio ou, numa ousadia de alto risco, se candidataria a governador. Nos dois casos quer contar com o apoio do governo Temer e do PMDB. Por isso protege Temer e mantém na gaveta o pedido de impeachment da OAB, além de outros dezenove que deram entrada na Câmara. Cabe a ele arquivar ou colocar em andamento, mas não tomar nenhuma decisão e manter os pedidos engavetados é um atentado à democracia, um desrespeito à sociedade. Se quer proteger Michel Temer que mostre a cara, arquive os pedidos. O problema é que não quer arcar com esse desgaste.