Às vezes a sociedade pensa que uma pessoa pública é uma máquina sem sentimento. Mas não é.
A carta que o meu marido Garotinho escreveu foi um grito de desespero pela injustiça que estamos sofrendo e que parece não ter fim. Neste país o denunciante é transformado em denunciado e para isso conta com total apoio de um sistema que, ao invés de buscar a verdade, se une para o massacre, formando a opinião pública da maneira que bem entender.
Não vejo nenhuma autoridade competente punir os que nos perseguem, apesar de tantas provas. Parece que o silêncio predomina em todo o canto.
Não cometemos nenhum crime dos quais estão nos imputando. E não é difícil, com uma apuração séria, reconhecerem isso.
Mas o que fazer diante do silêncio de praticamente todos?
O que fazer, quando nos privam de liberdade, por crimes que não cometemos?
O que fazer quando banalizam a prisão preventiva, sem direito a defesa, a julgamento, nos tirando de perto da família, dos amigos e até do emprego?
Essa é uma atitude extrema de quem chega ao limite de um enorme sofrimento... Há um ano nos perseguem, chantageiam e nos tomam a liberdade.
Não. Não julguem por ouvir dizer.
Não. Não julguem pelo silêncio de quem poderia estar trazendo tudo à luz da verdade.
Meu marido, que há 10 anos vem por este blog denunciando as falcatruas, as roubalheiras, a corrupção que vem imperando neste país, hoje se encontra num cárcere pelas mãos do grupo que ele denunciou.
A quem recorrer?
Também não julguem a nossa fé. Cremos no Deus que tudo pode. Cremos no Deus vivo de Israel.
Somos seres humanos e somente Deus conhece os nossos corações e os nossos limites.
"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto."
Liberdade, verdade e justiça é o que queremos!
_*Rosinha Garotinho*_
Postado pela Equipe Garotinho