Aliados de Michel Temer no Congresso Nacional e ministros do Supremo Tribunal Federal afirmam que o governo atingiu um nível extremo de enfraquecimento político, não descartando, em caso de piora na situação, o risco de a gestão não conseguir se sustentar nos sete meses que lhe restam.

A crise com os caminhoneiros atingiu um dos últimos resquícios de credibilidade da administração, a área econômica.

Temer completou, no último dia 12, dois anos de governo como o presidente mais impopular desde, pelo menos, a gestão de José Sarney (1985-1990).

Mas vinha batendo na tecla de que em sua administração a inflação foi reduzida e o país saiu da recessão, embora em ritmo mais lento do que o esperado.

Com a crise da greve dos caminhoneiros, o país passa por uma grave situação de desabastecimento, cenário não detectado pelo governo apesar de alertas nessa direção.

Emparedado, o Palácio do Planalto foi obrigado a ceder em vários pontos, em uma demonstração do enfraquecimento político que vive, mas mesmo assim não conseguiu até esta segunda-feira, oitavo dia da crise, encerrar a paralisação.

Nos bastidores do STF, a avaliação de ministros é a de que o governo subestimou os caminhoneiros. No caso de o desabastecimento se agravar, há, na visão desses magistrados, o risco de uma revolta de maior proporção, com ameaça ao já cambaleante mandato de Temer.

Fonte: Folha de S. Paulo

Comentários

29/05/2018

11:46

Paulo Cesar Rosa - Rio de Janeiro

Líder nas pesquisas de intenção de voto na corrida ao Governo do Estado, o ex-prefeito do Rio, Eduardo Paes (DEM), é um dos principais alvos da delação do ex-presidente da empreiteira OAS, Leonardo Pinheiro. O acordo de colaboração está nos detalhes finais para ser homologado pela Justiça e já passou pelo crivo da procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Até o momento, segundo reportagem do jornal O Globo, o documento tem cerca de 60 anexos e envolve pelo menos 14 políticos do MDB, PSDB, PT, PP e DEM em pagamentos de propina em obras feitas pela empreiteira em 11 estados brasileiros e operações ilícitas em cinco países da América Latina, além de repasses de caixa dois para campanhas eleitorais. O empreiteiro conta que Paes recebeu repasses via caixa dois para sua campanha à Prefeitura do Rio em 2012. A empresa tinha a expectativa de ser favorecida em obras na capital fluminense. Pinheiro também relatou o pagamento de propina ao ex-secretário de Obras de Paes, Alexandre Pinto, preso desde janeiro pela Lava Jato no Rio, e a integrantes do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Segundo o executivo, tanto o ex-secretário municipal quanto integrantes do TCE cobravam um percentual sobre contratos de obras. Entre elas, estão o corredor de ônibus BRT Transcarioca e do programa Asfalto Liso, executado pela Odebrecht e OAS e que previa a recuperação de 700 quilômetros de vias da cidade. A obra do Governo do Estado do teleférico do Morro da Providência, hoje parado, também foi citada. Pinheiro relata que todas as construções executadas pela OAS no Rio de Janeiro estiveram vinculadas a pagamentos de propina ou caixa dois. Léo Pinheiro também detalhou o pagamento de propina a operadores indicados por políticos e caixa dois para campanhas eleitorais em troca da participação da empreiteira em grandes obras, como a hidrelétrica de Belo Monte e a construção da Cidade Administrativa, que virou sede do governo de Minas Gerais. O leilão para a construção da usina ocorreu no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enquanto o empreendimento em Minas saiu do papel na gestão de Aécio Neves (PSDB), hoje senador. Na proposta de delação premiada, o executivo afirmou também que houve pagamentos ilícitos relacionados às obras da transposição do Rio São Francisco e da Arena das Dunas, no Rio Grande do Norte, além de empreendimentos da Petrobras nos quais a OAS estava envolvida. Pinheiro relatou ainda pagamentos ilegais ao senador José Serra (PSDB-SP). O executivo disse que foram feitos repasses ligados às obras do Rodoanel da Rodovia Carvalho Pinto para abastecer o caixa dois de campanhas do PSDB, entre elas a de 2006, na qual Serra concorreu ao governo de São Paulo. Outros acusados de receber caixa dois são a ex-presidente Dilma Rousseff, o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), o governador do Rio, Fernando Pezão (MDB), e o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), além do ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB). Ainda fazem parte do material as provas apresentadas por Pinheiro e os relatos dele que foram usados na denúncia do caso do tríplex em Guarujá, que levou Lula à prisão.

29/05/2018

12:58

Francisco Neves Barbosa - SAO GONCALO

Não só o Temer deveria renunciar mas, toda a classe política do País deveria sair. Já roubaram demais e só querem aumentar impostos para manterem suas maracutaias com o dinheiro público.

30/05/2018

12:38

Silvio Marques - Rio de Janeiro

Com o Impeachment de Michel Temer, Rodrigo Maia seria o presidente eleito do mandato tampão até 31 de Dezembro de 2018, sem dúvidas, e nas eleições gerais, livres e diretas como vai acontecer, naturalmente seria um dos candidatos a Presidência da República como Presidente em exercício. Michel Temer já era para ter caído e Rodrigo Maia já era para estar lá na Presidência da República, mas tanto um como outro, o carro chefe seria o Henrique Meirelles.

30/05/2018

02:59

Fjunior - Rio

Obrigado pous Abastecimento já normalizou! Muito obrigado pois o Abastecimento já se normalizará! O abastecimento está se normalizando. Política e juízes malévolos estão tentando atolar o Brasil, são tentativas apenas! Óbvio q se o cara é camioneiro é inteligente, mas é óbvio q há arquitetos por detrás... O mesmo sucede aos petroleiros... : A isso q muitos "cunham" política é avanço ou retrocesso? Abastecimento Já!

30/05/2018

08:24

DETALHE! E OS PREJUÍZOS Q TEMER CAUSOU A TODA A NAÇÃO ? - RJ

NÃO BASTARIA ISSO PARA ELE SER DEPOSTO POR INTEIRA FALTA DE RESPONSABILIDADE, JÁ QUE NADA FEZ PARA IMPEDIR ESSA DEVASTADORA GREVE. NO MÍNIMO ELE DEVERIA AJUDAR A PAGAR COM TODO O "SEU" DINHEIRO QUE CONSEGUIU JUNTAR DURANTE TODOS ESSES ANOS.