A defesa do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega apresentou à Justiça Federal do Paraná esclarecimentos sobre uma conta do cliente na Suíça e do recebimento de quase US$ 1,3 milhão, depositado em duas vezes por Victor Sandri. Segundo Mantega, o dinheiro é lícito.
Sandri foi apontado como intermediador de propina para o ex-ministro na delação de Joesley Batista, dono do grupo J&F.
Os documentos foram anexados na quarta-feira ao processo eletrônico, no âmbito da Operação Lava Jato, que está sob a responsabilidade do juiz Sérgio Moro.
Moro havia pedido à defesa de Mantega para explicar a origem desse dinheiro. O ex-ministro não é réu na Lava Jato.
A origem dos ativos mantidos na conta, de acordo com a petição apresentada pelos advogados do ex-ministro, é um negócio imobiliário realizado com a construtora de Sandri: “Referido negócio imobiliário consistiu na permuta de imóvel que o peticionário herdou de seu pai, Giuseppe Mantega, situado na rua Pequetita, Jardim Paulista, São Paulo-SP, por unidades do empreendimento imobiliário que veio a ser construído no local, denominado Edifício Atrium VII.”