Hoje conversando com meu advogado, perguntei a ele: qual é a acusação contra mim no processo que fui julgado pelo crime de quadrilha? A resposta dele chega a ser inacreditável. “Não há nenhuma prova contra você. Você não é acusado de receber propina, dinheiro ou qualquer vantagem”. Então por que fui condenado, indaguei? Ele disse: “simplesmente porque os magistrados entenderam que você protegia Rogério Andrade”. Quero dizer que vou recorrer contra esse absurdo no STJ e no STF, pois os fatos que eles alegam são de 2003 e não há a menor possibilidade de ser verdade. Mas deixo algumas reflexões pra você que me acompanha.

O juiz que me julgou em 1a instância estava impedindo de proferir sentença pois estava cobrindo férias de uma desembargadora com perda de jurisdição. Isso é uma brutal ilegalidade.

Outro fato que me chamou atenção é que o irmão do juiz estava lotado no gabinete de Paulo Melo, notório adversário político meu e integrante da quadrilha de Cabral denunciada por mim.

O terceiro fato é que o seu irmão também é bandeirinha de futebol do quadro da CBF, amigo íntimo de Ricardo Teixeira, de quem sou inimigo pessoal. São dezenas as irregularidades no processo, mas deixo uma pergunta para que você chegue à conclusão.

Por que julgar um caso tão antigo, recheado de dúvidas e sem provas, justamente no mês que antecedeu às eleições deste ano? Aliás, foi necessário aumentar a pena para que a decisão tivesse eficácia, pois o caso já estava prescrito(sem validade).

Tenho certeza que as instâncias superiores da justiça corrigirão mais essa covardia contra mim. Aliás, diferente da torcida organizada de parte da imprensa não corro nenhum risco de ser preso, como chegou a ser anunciado, pois uma decisão do STF garante minha liberdade.


Anthony Garotinho

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