Paes e Cabral, de braço dado e "somando forças"
Paes e Cabral, de braço dado e "somando forças"


A criação da Autoridade Pública Olímpica (APO) virou uma dor de cabeça para Sérgio Cabral e Eduardo Paes. A dupla do barulho queria tomar conta da APO, como se diz na política “de porteira fechada” indicando o presidente, tendo todos os cargos na mão e recebendo a chave do cofre. Não conseguiram nenhuma das três coisas. A presidente Dilma Rousseff escolheu o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles para presidir a APO e jogou água no chope de Cabral e Paes.

A criação da Autoridade Pública Olímpica deveria ter sido votada ontem, na Câmara dos Deputados, mas não houve tempo e ficou para hoje às 16h. Mas o governo mudou o projeto criando mais uma dor de cabeça pra dupla ao diminuir o número de cargos de 484 para apenas 171.

É claro que Cabral e Paes “somando forças” vão conseguir indicar alguns “bons companheiros” do PMDB, mas terão que se contentar com muito, mas muito menos do que sonhavam. Isso é uma das preocupações, a outra é com os negócios. Não custa lembrar que logo após o carnaval será lançada a primeira licitação das Olimpíadas, para a escolha de uma empresa de eventos cujo valor inicial do contrato será de US$ 125 milhões. Não é pouca coisa.

Por conta dessas preocupações, inclusive está hoje na coluna Panorama Político de O Globo (reproduzo abaixo) que os braços-direitos de Cabral e Paes, respectivamente Régis Fichtner e Pedro Paulo passaram a madrugada discutindo e negociando essas questões. Queria ver os dois entrando pela madrugada não para planejarem jogadas e negócios, mas sim para defenderem os interesses da população. Mas tratando-se deles e com os chefes que têm seria pedir demais tenho que admitir.


Reprodução de O Globo
Reprodução de O Globo


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