Romaldo Cabral - Rio de Janeiro
Governador,
Entendo seu argumento, eles tiram a DRU quando mostram os números, mais duas verdades são insofismáveis:
1) no Brasil se permite uma idade muito baixa para aposentadoria, a médio e longo prazo cria um deficit atuarial, que precisa ser enfrentado cedo, pois se deixado para depois, fica quase impossível de resolver sem afetar quem ja estiver aposentado, ferindo direitos. Veja o caso da Grécia e Espanha, entre outros países.
2) este é o pior, o regime diferenciado dos servidores públicos, criando uma casta de privilegiados que se aposentam com rendimentos integrais. Regime único de previdência é sinônimo de justiça social, é inconcebível que brasileiros pobres sustentem com seus impostos privilégio de gente que ja recebe o maior de todos os privilégios, estabilidade de emprego. Veja que com a crise que vivemos, 12 milhões de desempregados e 30 milhões sobrevivendo na informalidade, funcionários públicos no máximo enfrentaram atrasos de salários, mas seguem com seus empregos e em muitos casos até reajuste salarial tiveram.
Quem quiser aposentar com salário integral, que pague um plano complementar como se faz em outros países, o Chile aqui pertinho é um exemplo.
Sei que é uma bandeira política do trabalhismo a defesa do legado de Vargas, mas a Previdência que temos hoje não é a que Vargas pensou; os funcionários públicos tinham regime diferenciado, ao junta-los com os demais trabalhadores e mantendo seus privilégios, se criou uma situação que acredito Vargas condenaria, toda a sociedade contribui igual, mas alguns recebem absurdamente mais.
Levante esta bandeira, regime único e universal da Previdência, ou então o governo que retire da conta do INSS os servidores públicos aposentados e discuta separadamente com a sociedade como financia-los.
é honesto e é o correto a fazer.