É de domínio público que venho, há quase 10 anos, denunciando a quadrilha que faliu o Estado, sob o comando de Sérgio Cabral. Alguns já foram presos, mas a maioria continua solta. Também já é de conhecimento público que na notícia-crime protocolada na Procuradoria Geral da República, no último dia 4 de novembro, denunciei 27 autoridades, entre elas o presidente eleito do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, desembargador Luiz Zveiter, o presidente da ALERJ, Jorge Picciani, além do ex-presidente da Casa, Paulo Melo. Além disso, também mostro o envolvimento claríssimo do atual governador Pezão nas falcatruas cometidas contra a população do nosso estado.
O deputado federal Sérgio Zveiter, irmão do presidente eleito do TJ-RJ, ameaçou a minha filha, deputada Clarissa Garotinho, com as seguintes palavras: “Seu pai vai saber o que é ser inimigo da família Zveiter”. Representei contra juízes, delegados e promotores em suas respectivas corregedorias e conselhos no âmbito estadual e federal. Entre os denunciados pela notícia-crime está o ex-secretário de Segurança Pública, delegado federal José Mariano Beltrame.
Quero alertar que estou sob fortes ameaças e é praticamente impossível pedir segurança daqueles que denunciei, afinal o que alguns desses denunciados querem é me tirar do mapa.
Não estou preocupado com denúncias plantadas que possam surgir contra mim amanhã, pois essas rebaterei uma a uma, porque nunca cometi na minha vida nenhum crime com o dinheiro público. Estou preocupado com a minha integridade física. Não tenho medo, mas não duvido do que essa gente é capaz de fazer.
Há vários dias meus advogados estão tentando uma audiência com os procuradores da Lava Jato no Rio para relatar detalhes dos fatos ocorridos e entregar uma farta documentação, que certamente levará mais gente influente para a cadeia.
Sempre apoiei todas as investigações, vocês que acompanham o blog são testemunhas disso. Aliás, alguns trechos, fotos e vídeos usados pelos promotores em sua denúncia são réplicas de publicações do meu blog, alguns repetem até matérias inteiras.
Deixo no ar uma pergunta: Será que não mereço ser ouvido, para ter a minha vida e da minha família protegida, diante dos fatos que venho denunciando há tanto tempo, e que agora, finalmente, os primeiros criminosos foram presos?