É inacreditável que esteja sendo montada uma operação para salvar Sérgio Cabral, via nomeação de seu ex-secretário de Segurança, José Mariano Beltrame para a Secretaria Nacional de Segurança Pública.
Quem lidera o movimento, desde a semana passada, são setores da mídia, os mesmos que esconderam a corrupção do governo Cabral.
Beltrame não tem condições morais por sua passagem no Rio de Janeiro e por sua conduta pessoal de assumir qualquer função, muito menos ser uma boia para salvar Cabral e o grupo do ex-governador, a quem serviu durante 10 anos, e saiu poucos dias antes da prisão do chefe da quadrilha.
Na série de reportagens que publicaremos “Por que Beltrame não pode ser secretário”, vocês verão que ele se tornou delegado da Polícia Federal sem passar no concurso, que morou no apartamento de um dos principais laranjas de Cabral, e que seus filhos usavam a lanche de mais de R$ 5 milhões para passear nos finais de semana, saberão também que no seu período à frente da secretaria protegeu policiais envolvidos na Operação Guilhotina, que é acusado de ter ligações com a milícia Liga da Justiça, que foi o maior responsável pela farsa chamada UPP, que era amigo íntimo de outro laranja de Cabral preso recentemente, Aryzinho, aliás, acusado de ser mandante de um assassinato que até hoje permanece sem esclarecimento.
Será uma vergonha para o país Beltrame virar Secretário Nacional de Segurança com a principal missão de ajudar Cabral e sua quadrilha a saírem da cadeia.
Abaixo relembrem postagem do nosso blog, de 2012, sobre a negociata de José Mariano Beltrame com a Júlio Simões, que mudou o nome para CS Brasil, no aluguel das viaturas da PM, que gerou uma ação de improbidade contra o ex-secretário de Segurança Pública. A ação do MP Estadual está num link logo abaixo da matéria.
Claro que os valores desse contrato hoje são muito maiores, o cálculo acima refere-se até 2011. Beltrame continua como réu, por improbidade administrativa, nesse processo.
Em tempo: O esquema de Beltrame com um dos principais laranjas de Cabral, Paulo Magalhães Pinto.