O Afro Reggae era quem negociava com os traficantes das comunidades onde Cabral e Beltrame foram instalando UPPs, o esquema para eles deixarem seus redutos sem serem incomodados pela polícia. Eles saíam carregando armas e drogas e a polícia fazia vista grossa. A gente viu no que deu. A Ong recebeu muitos milhões do governo Cabral, que inclusive patrocinava o programa de José Júnior num canal de TV a cabo, da Globosat. Choveu dinheiro público no AfroReggae, a ponto do deputado Paulo Ramos (PSOL), em 2015, ter tentado instalar uma CPI na Alerj, mas a bancada de Pezão trabalhou com afinco para impedir qualquer investigação. Aliás, foram milhões dos governos Cabral / Pezão e também da gestão de Eduardo Paes na Prefeitura do Rio.
Em 2012 a revista Alfa publicou entrevista com José Júnior e mostrou que ele só viajava de avião na classe executiva, não na econômica, e circulava a bordo de um carrão, um Land Rover Freelander 2, avaliado em R$ 140 mil. Além disso afirmava que por ser amigo de políticos tinha acesso a muitas grifes caras como Reserva, Osklen, Adidas e Evoke. Como assim? Até hoje não entendi essa história.
É bom que tudo seja investigado, aliás, não custa relembrar quando José Júnior tomou a defesa de Fernandinho Beira-Mar.