Informa a coluna de Lauro Jardim, no Globo, que a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) monitora as "movimentações em torno da organização de protestos" do PT e outros partidos de esquerda, por conta da previsível decretação da prisão de Lula. A Abin teme o comprometimento da "segurança da sociedade e do Estado".
Repete-se quatro décadas depois o que o então SNI (Serviço Nacional de Informações) e seus órgãos subordinados, no último governo militar (general João Figueiredo) faziam com Lula, quando nos anos 1970 despontou como líder metalúrgico, acabando preso pela ditadura em 1980. A história mostra que Lula sairia dali e acabaria fundando o PT, que, com erros e acertos, mudou o Brasil.
Quem conhece os protocolos dos "arapongas" sabe que quando falam em monitoramento, leia-se também infiltração nos partidos e movimentos que apoiam Lula. Na ditadura também eram "plantados" agitadores profissionais, basta lembrar do Cabo Anselmo.
E não custa recordar, já que estamos relembrando os "anos de chumbo", que assim como no passado tínhamos a TFP (Tradição, Família e Propriedade), liderada por Plínio Corrêa de Oliveira, hoje temos uma versão mais raivosa e truculenta da TFP, encarnada por Jair Bolsonaro e seus discípulos.
Só não vejo nas Forças Armadas hoje, as "vivandeiras dos quartéis" conspirando para tomar o poder.