O ex-operador de Cabral, Carlos Miranda, disse nesta segunda-feira que Picciani e Paulo Melo receberam dinheiro do caixa único de propinas que o ex-governador Sérgio Cabral mantinha. Miranda ele prestou depoimento ao Tribunal Regional Federal da 2a Região.
Segundo Carlos Miranda, Picciani e Cabral já dividiam propinas desde os tempos em que o ex-governador comandou a Alerj. Quando Picciani ficou sem mandato, depois de ser derrotado na disputa para o Senado, passou a receber R$ 400 mil mensais do caixa de propina de Cabral entre 2011 e 2014. Picciani recebeu dinheiro ilícito também durante suas gestões na Assembleia, segundo delatou o ex-operador.
Miranda disse que Paulo Melo recebia esporadicamente propinas quando era líder do governo e, quando assumiu o comando da Alerj, passou a ganhar R$ 700 mil mensais, que depois viraram R$ 900 mil.
O ex-operador fazia o controle financeiro das propinas de Cabral. Ele disse que o dinheiro pago por empresas como Delta, Carioca Engenharia, Andrade Gutierrez, Facility, etc, era juntado num caixa único gerenciado por ele.