Muitos leitores pediram que comentasse a nota do jornalista Ancelmo Gois, publicada em sua coluna de ontem sobre o serviço comunitário que estou prestando na biblioteca do IPUB, instituto de psiquiatria da UFRJ, em função de ter sido condenado pelo crime de calúnia contra o juiz Marcelo Leonardo.
Primeiramente, gostaria de ressaltar a maneira respeitosa como fui recebido por todos os funcionários da biblioteca e pelos pesquisadores que lá comparecem e lamentar o estado dos livros históricos que estou catalogando. Quanto a condenação à prestação de serviço comunitário, ela foi absolutamente ilegal, mas o colunista do O Globo não falou. Então, é importante que você saiba que:
Primeiro: ele concedeu a decisão quando não tinha jurisdição para fazê-la. Ato absolutamente ilegal.
Segundo: o meu discurso foi proferido na tribuna da Câmara dos Deputados no ano de 2011, onde a constituição garante imunidade aos parlamentares sobre suas palavras e votos.
Terceiro: o irmão do Juiz trabalhava no gabinete de Paulo Melo, meu inimigo declarado. E, ainda, integrava o quadro de arbitragem da CBF, amigo íntimo de Ricardo Teixeira contra quem colhi assinaturas para instalar uma CPI na Câmara que foi abortada a base de compra de deputados.
Quarto: No processo que ele me condenou não há nenhuma prova mínima que seja de nenhuma das acusações que ele fez contra mim.
Por último, não me envergonho de prestar serviço comunitário por calúnia, teria vergonha se fosse por corrupção, como foram muitos amigos do Ancelmo Gois, que integraram o governo Sérgio Cabral. Finalizo dizendo que, os juízes assim como políticos e outras categorias são corporativistas. Me foi oferecida uma retratação para não ser condenado e eu recusei por ter convicção de que tudo que fiz e falei era verdade. Estou prestando o serviço comunitário na biblioteca do PINEL com muito prazer.