Refleti muito antes de escrever essas linhas. Minha família já sofreu demais quando, a partir de 2007, comecei a denunciar a quadrilha instalada no Estado, não apenas no Governo Estadual, mas com forte apoio empresarial e tentáculos em outros poderes.
Quando protocolei a primeira denuncia à PGR em 2012 fui ignorado, Novamente, em 2016, protocolei a mesma notícia crime, acrescida de novos nomes e fatos.
Passadas duas semanas contra o sistema, tive minha primeira prisão decretada por um juiz eleitoral de Campos. Depois seguiram outras, sempre por juízes da minha cidade aliados a membros corruptos do MPE e a PF local. Mas as orientações vinham de cima. No dia seguinte prenderam Sérgio Cabral, que está há 3 anos na prisão, já condenado a quase 300.
Antes da segunda denúncia, sofri ameaças de toda natureza, inclusive de morte, tudo documentado, sem que nenhuma providência fosse tomada. Fui tirado do ar, em pleno programa, num verdadeiro show de humilhação.
Segui com as investigações,que atingiram parte do Ministério Público do Estado, que teve o ex-procurador Geral, Cláudio Lopes preso. Mas todos os detalhes dessa história, inclusive como consegui as fotos da Gangue dos guardanapos, será contada em meu livro que está praticamente pronto.
Muitas máscaras cairão. Condenei a aliança do PSDB e do PT com o capital financeiro criando, inclusive, o termo PETECANOS. Fiquei isolado e apanhando muito, especialmente da GLOBO. Essas forças se juntaram... mas isso fica para depois. O que importa é o que vou dizer agora.
No início do ano passado, enviei ao senador Flávio Bolsonaro, através de um emissário de confiança, informações do que iria acontecer com sua família. Traição, ingratidão e uso da polícia para fins políticos
Versões que viraram realidade.
Talvez por não termos nenhuma relação, nem política nem pessoal, não tenha levado a sério as informações dos fatos que hoje ele e sua família vem enfrentando. Apesar das diferenças de visão do país, sobre caminhos para o Brasil, seria covardia da minha parte não alertar ao presidente que os mesmos os bandidos que atuaram contra mim estão unidos e com baterias prontas para acabar com sua vida política, pessoal e seu governo. Continuam na máquina estatal. Foram aliados de Cabral e ganharam novos parceiros que estão prontos para a missão.
O PT está longe de ser o inimigo número um do presidente. Hoje, há grupos articulados que não sossegarão enquanto não lhe tirarem da cadeira.
Seu filho foi avisado há um ano.
Ou Bolsonaro enfrenta agora essa máfia ou será tarde demais.
ANTHONY GAROTINHO