O ex-prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e o seu então braço-direto, deputado Pedro Paulo, receberam ao menos R$ 50 milhões via caixa 2 da Fetranspor, segundo contou em sua delação premiada o ex-presidente da entidade, Lélis Teixeira.

De acordo com o delator, a primeira contribuição aconteceu durante a campanha à Prefeitura do Rio de Janeiro, em 2008. O então governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, marcou uma reunião no Palácio Guanabara, que além de Lélis e Paes, contou com as presenças de Jacob Barata, José Carlos Lavouras, Jorge Picciani e de Wilson Carlos.

Na ocasião, os políticos reforçaram a importância da eleição de Eduardo Paes para o setor de ônibus na cidade. No entanto, a reunião terminou sem qualquer acordo. O delator contou que uma outra reunião foi marcada, onde estipularam o valor. Mas, no entanto, afirma não saber quanto foi dado à campanha de Paes porque não estava presente na segunda reunião.

Quatro anos depois, na campanha de Paes à reeleição, Lélis disse que foi convidado por Pedro Paulo a ir ao Palácio da Cidade junto com Jacob Barata. Na ocasião, foi pedido mais dinheiro via caixa 2 para a campanha. O valor combinado foi de R$ 40 milhões, além de uma peça publicitária para rodar em emissoras de TV.

Em 2016, Lélis afirmou que foram pagos R$ 10 milhões à campanha de Pedro Paulo à sucessão de Eduardo Paes.

Lélis disse que em todos os casos os valores foram pagos no prédio de uma das empresas de Jacob Barata, a Guanabara Diesel, na Zona Norte do Rio de Janeiro. O dinheiro foi pago ao próprio Pedro Paulo ou a Fernando Duba, chefe de gabinete do deputado.

As informações foram corroboradas pela delação do doleiro Álvaro Novis.

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