Demorou mas o Ministério Público Eleitoral apresentou as alegações finais do escândalo que contratou milhares de funcionários fantasmas e ficou conhecido como “A Farra do CEPERJ”. Agora, falta a palavra final do Tribunal Regional Eleitoral do Rio. O MP destaca que as provas colhidas evidenciam que houve no governo do Rio um esquema ilícito a fim de utilizar a máquina pública para obter vantagens financeiras com recursos públicos além de desequilibrar o quadro das eleições gerais de 2022. Por fim, o Ministério Público pede a cassação dos diplomas dos investigados, Cláudio Castro e Tiago Pampolha, além do afastamento do cargo. Pede também a inelegibilidade dos investigados e do então presidente do CEPERJ, Gabriel Rodrigues Lopes.

A decisão parece claríssima, afinal, em outros casos de menor gravidade, o Tribunal Regional Eleitoral e o Tribunal Superior Eleitoral não hesitaram em punir os responsáveis. Cláudio Castro, com a “turma” do CEPERJ, afrontou a lei, cometeu uma série de crimes e não pode passar impune.

Uma pergunta no ar: com a cassação do governador e do vice, assume o Governo do Estado interinamente o presidente da ALERJ Rodrigo Bacellar. Será que não é isso mesmo o que Cláudio Castro quer? Explico. Investigações que correm no STJ e na Polícia Federal devem levar ao seu afastamento. Nesse caso, assumiria o vice, que hoje é seu adversário, Tiago Pampolha. No raciocínio de Cláudio Castro é melhor entregar o governo a Bacellar do que a um vice que ele destratou nos últimos tempos.

Comentários