Para a surpresa de zero pessoas, no dia de 25 de maio, Samir Xaud foi eleito presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para um mandato até 2029. Sua eleição ocorreu por meio de chapa única, respaldada por 25 das 27 federações estaduais, o que inviabilizou outras candidaturas, como a de Reinaldo Carneiro Bastos, da Federação Paulista de Futebol que não obteve o apoio mínimo necessário de oito federações.

Apesar do amplo apoio, a eleição de Xaud enfrentou resistência. A Federação Paulista de Futebol e a Federação Mato-Grossense de Futebol não endossaram sua candidatura. Além disso, aproximadamente 20 clubes boicotaram o pleito, incluindo equipes da Série A e B, como Corinthians, São Paulo, Flamengo, Bahia, Fluminense, Cruzeiro, Atlético-MG e Athletico-PR. Esses clubes alegaram falta de transparência e democracia no processo eleitoral.

Embora tenha sido candidato único, Xaud não obteve unanimidade devido ao boicote mencionado. O número exato de votos não foi divulgado publicamente, mas a ausência de apoio de clubes e federações evidenciou a divisão no cenário do futebol brasileiro.

Vice-Presidentes Eleitos

A chapa de Samir Xaud contou com oito vice-presidentes. Como antecipamos que aconteceria foram eleitos:
1. Flavio Zveiter – Ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
2. Michelle Ramalho – Presidente da Federação Paraibana de Futebol.
3. José Vanildo –Presidente da Federação do Rio Grande do Norte.
4. Ricardo Paul - Presidente da Federação Paraense de Futebol.
5. Ednailson Rozenha – Presidente da Federação Amazonense de Futebol.
6. Rubens Angelotti – Presidente da Federação Catarinense de Futebol.
7. Fernando Sarney – Ex-vice-presidente e presidente interino da CBF.
8. Gustavo Dias Henrique – Presidente da Federação do Distrito Federal

A CBF prevê para 2025 uma receita de R$ 2,25 bilhões, com investimentos de R$ 1,6 bilhão diretamente no futebol. O valor representa um aumento significativo em relação aos anos anteriores.

O grande articulador de todo esse movimento foi o ex-senador por Roraima, Romero Jucá, amigo de longa data do pai do novo presidente que durante 40 anos presidiu a Federação de futebol do seu estado.