A demissão do Secretário de Transportes, Washington Reis, era para ter acontecido ontem à noite. Antes de viajar, Cláudio Castro combinou com Rodrigo Bacellar que iria demitir o secretário, mas não queria que Reis soubesse por terceiros.
Antes que a reunião entre os dois acontecesse, Bacellar, na ânsia de dar um furo jornalístico, passou a informação ao jornalista Alexandre Bastos, que controla dezenas de páginas e perfis patrocinados pelo presidente da ALERJ em Campos. Logo, a notícia estava nas redes. Eu mesmo cheguei a publicar num story ontem à noite, uma página de Campos que dava a notícia de que a exoneração já teria ocorrido.
A irmã do ex-secretário Washington Reis ligou para ele e ouviu do irmão que nada estava acontecendo pois havia ouvido de Cláudio Castro que continuava secretário. Ou seja, Cláudio Castro disse uma coisa para Washington Reis e outra para Bacellar antes de viajar para Lisboa.
Mais uma vez, fica demonstrado que a palavra do governador Cláudio Castro tem a mesma veracidade da história da Chapeuzinho Vermelho.
Revoltado com a não demissão do secretário, Bacellar, ao assumir o governo hoje, fez o que Cláudio Castro havia prometido fazer e demitiu o secretário de Transportes Washington Reis.
Quem pode levar a sério um governador que dá um aumento parcelado ao funcionalismo e não cumpre?
Que promete verbas para a educação e deixa as escolas em frangalhos?
Que permite que deputados indiquem as chefias das polícias?
Que anuncia obras sem ter dinheiro para fazê-las?
Agora já se sabe que até o Jogo do Bicho é mais respeitado que o Governador do Estado. Pelo menos lá o lema é: “Vale o que está escrito!” Com Cláudio Castro não vale nem o que foi dito meia hora antes.