Washington Reis será renomeado ainda hoje em edição extra do Diário Oficial do Estado. Ele ainda não sabe, mas a decisão do governador já está tomada e a causa principal foi a pressão feita pela família Bolsonaro.
Na avaliação de um seguidor fiel de Rodrigo Bacellar, o mesmo vem tomando medidas para tornar a sua candidatura inviável após receber uma pesquisa onde aparece com apenas 4%. Agora, o objetivo do presidente da Alerj é outro: jogar todas as suas fichas para ocupar a vaga do conselheiro Graciosa, no TCE. Há duas semanas, a esposa do conselheiro entrou no STJ com o pedido de trancamento da ação onde ela é acusada de lavagem de dinheiro supostamente desviado por seu marido no TCE. A vitória é dada como certa. A ação será trancada e logo em seguida Graciosa pedirá a extensão da decisão para si próprio e, logo após, a aposentadoria do tribunal abrindo a vaga para Rodrigo Bacellar. Mas há problemas no caminho. Vamos a eles: isso tudo precisa acontecer antes do julgamento pelo TSE no caso CEPERJ, que deve ocorrer assim que o tribunal retornar do recesso. A condenação do governador e do presidente da ALERJ é dada como certa. Sendo condenados, não poderão ocupar a vaga no tribunal, que não pode ser preenchida por pessoas que sejam condenadas por improbidade administrativa e perda dos direitos políticos. Há ainda um outro problema, esse talvez o mais delicado. Cláudio Castro, na mesma pesquisa que mostrou os minguados 4% de Rodrigo Bacellar, apresenta uma rejeição na cidade do Rio de quase 70% tornando inviável a sua renúncia para disputar o Senado, sobrando apenas a possibilidade de ser deputado federal ou permanecer no cargo até o fim.
Há ainda uma outra confusão: a Assembléia indica a pessoa que será nomeada pelo governador, que é quem dá a palavra final. E se Cláudio Castro também quiser ir para o tribunal disputando a mesma vaga de Rodrigo Bacellar? Um indica e o outro não nomeia…
Nos corredores dos tribunais superiores em Brasília só há uma certeza: teremos eleições ainda este ano para governador do Estado do Rio de Janeiro em um mandato tampão de aproximadamente um ano, a menos que consigam, no Supremo, a suspensão temporária da decisão do TSE.